Monique, 15 anos, estava namorando Alex, da mesma idade. Certa dia, a conversa esquentou. Ele lhe fez um pedido inusitado: que ela tirasse uma foto ou fizesse um vídeo, ali mesmo, nua, com poses sensuais, e enviasse a gravação para ele via telefone móvel, tipo. De início, a adolescente rejeitou a proposta, mas o jovem insistiu e afirmou que estava com saudade e que a foto ficaria só com ele. Como ela estava apaixonada, cedeu aos seus apelos e, na intimidade do seu quarto, fez um miniensaio erótico e o enviou pelo celular. Monique – no fervor e na inocência dos seus 15 anos – só não contava que, em apenas um mês, Alex terminaria o namoro com ela, e o pior: que o seu “ensaio sensual”, feito ali no seu quarto, estaria girando em todos os celulares e redes sociais na internet. Desesperada, a jovem só viu uma saída para fugir da vergonha e da gozação da galera na escola: conseguiu um grande número de comprimidos e, no mesmo quarto em que fez as imagens, cometeu suicídio. Os nomes são fictícios, mas a história é real. O que esses dois jovens praticaram está se tornando uma febre entre os jovens, o chamado “sexting”. O nome deriva da junção de dois radicais oriundos da palavras “sex” (sexo) e “ting” (sufixo de “texting” = texto), o que origina o nome dessa prática: “sexo por mensagens”. Isso mesmo, o jovem tira uma foto erótica ou faz um vídeo de alguma parte do corpo – como órgãos genitais, seios ou faz poses mais sensuais – e a envia para alguns grupos de contatos via telefone móvel. Logo, a imagem começa a circular numa velocidade incontrolável pela web juntamente com as consequências de tais comportamentos. Atrás dessa exposição estão escondidos perigos incalculáveis e incontroláveis que, a curto prazo, destroem a vida de uma pessoa. Um adulto, por exemplo, que adere a esse tipo de relacionamento, além de cometer um crime, pode ter sua carreira profissional abalada, já que, hoje, empresas de recrutamento usam cada vez mais a internet para ver o perfil de seus colaboradores. Vamos pensar + antes de por videos e imagens Pessoais na Internet .
Outra ocorrência foi o suicídio da jovem mexicana em razão de uma desilusão amorosa. O que há em comum entre ambas é o fato de ambas terem praticado o suicídio depois de ter tido suas imagens sensuais expostas na rede mundial de computadores.Anunciado sua morte nas redes sociais, onde receberam centenas de curtidas e comentários. A pergunta é: Por que tal ação? O que leva jovens ao suicídio? Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)
– dados de um relatório de 2012
-, o suicídio juvenil (de 10 a 24 anos) constitui a segunda maior causa de morte.
Muitas delas anunciadas nas redes. Hoje, o dia a dia das pessoas exige uma velocidade muito maior do que há anos. Muitos relacionamentos presenciais estão sendo substituídos pelos virtuais, desencadeando um afastamento do mundo real. A era da informação e da tecnologia está lançada! O íntimo, que não era para ser exposto, pois é uma instância de segredo, de ser “dono de si mesmo”, está sendo substituído pela compulsão da exposição de si nas revistas e na internet. Na maioria das vezes, essa hiperexposição é o sintoma da “angústia do vazio”. É indiscutível o papel desempenhado pelas mídias sociais no âmbito da vida privada, social, política, comunicacional e profissional. Elas favorecem a interação entre as pessoas. Dão visibilidade, facilitam a comunicação, o reencontro, eliminam as extensões territoriais; além de ter um poder ainda incalculável de convocação e mobilização. As mudanças provocadas pelas redes não são para o futuro, pois estão presentes e já intervém significativamente no comportamento das pessoas. “A solidão no século 21 bate à porta de inúmeras pessoas cercadas de “amigos” virtuais” A inclusão e a participação no meio on-line dá à pessoa a sensação de ter muitos amigos, de estar antenado e conectado aos acontecimentos com uma participação efetiva e eficiente.
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