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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Alertando dos perigos da exposição na internet.

Na “vida” das redes sociais Nos últimos meses, duas notícias tornaram-se alarmantes, pois trouxeram à tona a realidade de milhões de adolescentes e jovens. Uma jovem suicidou-se, no Piauí (PI), quando um vídeo privado que ela fez foi divulgado nas redes sociais por meio de um dispositivo móvel....
Monique, 15 anos, estava namorando Alex, da mesma idade. Certa dia, a conversa esquentou. Ele lhe fez um pedido inusitado: que ela tirasse uma foto ou fizesse um vídeo, ali mesmo, nua, com poses sensuais, e enviasse a gravação para ele via telefone móvel, tipo. De início, a adolescente rejeitou a proposta, mas o jovem insistiu e afirmou que estava com saudade e que a foto ficaria só com ele. Como ela estava apaixonada, cedeu aos seus apelos e, na intimidade do seu quarto, fez um miniensaio erótico e o enviou pelo celular. Monique – no fervor e na inocência dos seus 15 anos – só não contava que, em apenas um mês, Alex terminaria o namoro com ela, e o pior: que o seu “ensaio sensual”, feito ali no seu quarto, estaria girando em todos os celulares e redes sociais na internet. Desesperada, a jovem só viu uma saída para fugir da vergonha e da gozação da galera na escola: conseguiu um grande número de comprimidos e, no mesmo quarto em que fez as imagens, cometeu suicídio. Os nomes são fictícios, mas a história é real. O que esses dois jovens praticaram está se tornando uma febre entre os jovens, o chamado “sexting”. O nome deriva da junção de dois radicais oriundos da palavras “sex” (sexo) e “ting” (sufixo de “texting” = texto), o que origina o nome dessa prática: “sexo por mensagens”. Isso mesmo, o jovem tira uma foto erótica ou faz um vídeo de alguma parte do corpo – como órgãos genitais, seios ou faz poses mais sensuais – e a envia para alguns grupos de contatos via telefone móvel. Logo, a imagem começa a circular numa velocidade incontrolável pela web juntamente com as consequências de tais comportamentos. Atrás dessa exposição estão escondidos perigos incalculáveis e incontroláveis que, a curto prazo, destroem a vida de uma pessoa. Um adulto, por exemplo, que adere a esse tipo de relacionamento, além de cometer um crime, pode ter sua carreira profissional abalada, já que, hoje, empresas de recrutamento usam cada vez mais a internet para ver o perfil de seus colaboradores. Vamos pensar + antes de por videos e imagens Pessoais na Internet .
Outra ocorrência foi o suicídio da jovem mexicana em razão de uma desilusão amorosa. O que há em comum entre ambas é o fato de ambas terem praticado o suicídio depois de ter tido suas imagens sensuais expostas na rede mundial de computadores.Anunciado sua morte nas redes sociais, onde receberam centenas de curtidas e comentários. A pergunta é: Por que tal ação? O que leva jovens ao suicídio? Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) – dados de um relatório de 2012 -, o suicídio juvenil (de 10 a 24 anos) constitui a segunda maior causa de morte. Muitas delas anunciadas nas redes. Hoje, o dia a dia das pessoas exige uma velocidade muito maior do que há anos. Muitos relacionamentos presenciais estão sendo substituídos pelos virtuais, desencadeando um afastamento do mundo real. A era da informação e da tecnologia está lançada! O íntimo, que não era para ser exposto, pois é uma instância de segredo, de ser “dono de si mesmo”, está sendo substituído pela compulsão da exposição de si nas revistas e na internet. Na maioria das vezes, essa hiperexposição é o sintoma da “angústia do vazio”. É indiscutível o papel desempenhado pelas mídias sociais no âmbito da vida privada, social, política, comunicacional e profissional. Elas favorecem a interação entre as pessoas. Dão visibilidade, facilitam a comunicação, o reencontro, eliminam as extensões territoriais; além de ter um poder ainda incalculável de convocação e mobilização. As mudanças provocadas pelas redes não são para o futuro, pois estão presentes e já intervém significativamente no comportamento das pessoas. “A solidão no século 21 bate à porta de inúmeras pessoas cercadas de “amigos” virtuais” A inclusão e a participação no meio on-line dá à pessoa a sensação de ter muitos amigos, de estar antenado e conectado aos acontecimentos com uma participação efetiva e eficiente.
 Tudo isso é uma verdade em termos, pois essas conexões e realidades são rasas e instáveis, os relacionamentos são superficiais e temporários, e os vínculos momentâneos. Na “vida” das redes sociais, a busca de novidades é o interesse geral. Os comentários que importam são os seus, enquanto que os dos outros servem apenas para expressar a opinião individual. A imagem que os outros têm é essencial e a aceitação também. Daí, a exposição com fotos, informações de viagens, atividades, emoções e sentimentos. É a sensação de ser querido e bem aceito pelas curtidas e pelos comentários na foto escolhida a dedo dentre as infinidades de álbuns. Há uma disputa de quem aparenta levar uma vida mais bacana, mais interessante e mais feliz. Quando posta uma foto, a pessoa revela um fragmento daquilo que deseja que os outros aceitem nela.

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